Tucanos homenageiam mulheres e defendem ações em prol de mais igualdade e cidadania
No Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quarta-feira (8), parlamentares tucanos vêm se manifestando nas redes sociais e no Plenário destacando as conquistas e apontando desafios enfrentados pela mulher na sociedade. Lidar com a violência física ou psicológica ainda é uma das grandes problemáticas vivenciadas por elas no Brasil.
O deputado Célio Silveira (GO), por exemplo, enfatiza a concretização da luta feminina que, conciliando força e sensibilidade, conquistam direitos, respeito e valorização. “A luta feminina segue e a ela me adiciono, primordialmente trabalhando pela ascensão ainda maior das mulheres na sociedade brasileira e para impedir o retrocesso dos direitos conquistados”, afirmou. Também integrante do PSDB-GO, Giuseppe Vecci (GO) afirmou que este dia é importante para relembrar as conquistas e renovar a coragem para enfrentar os desafios por vir.
A deputada Mariana Carvalho (RO), única representante feminina na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, parabeniza as mulheres que lutam pelos seus ideais e as trabalhadoras que buscam igualdade, reconhecimento pessoal e profissional. “Nossa luta é por um mundo onde a mulher não precise mais ter que cobrar por respeito e igualdade de direitos”, destacou.
Para os deputados Silvio Torres (SP) e Pedro Cunha Lima (PB) todo dia é o dia da mulher. Dias em que cada uma delas merecem respeito, dignidade, reconhecimento e, principalmente, igualdade de gênero. “Mulher não deveria receber 30% a menos do que o homem para exercer a mesma função. Não deveria ter assédio, violência. Nem mesmo dupla jornada de trabalho”, afirma Pedro Cunha Lima, expressando um dos grandes aspectos presentes na vida da mulher atualmente. Segundo o estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, divulgado segunda-feira (6) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mulheres trabalham 7,5 horas a mais que os homens por semana de devido à dupla jornada.
E mais: pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontou que uma em cada três brasileiras com 16 anos ou mais foi espancada, xingada, ameaçada, agarrada, perseguida, esfaqueada, empurrada ou chutada no último ano. Intitulada como “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil”, a pesquisa entrevistou mulheres de todo o país e revelou que 29% delas afirmaram ter sofrido violência física, verbal ou psicológica.
PROTEÇÃO À INTIMIDADE
Recentemente, Projeto de Lei (5555/13) foi aprovado na Câmara com apoio do PSDB para incluir entre os crimes previstos na Lei Maria da Penha a divulgação de imagens, áudios ou vídeos íntimos sem o consentimento da mulher. Além disso, a deputada Shéridan (RR) defende a dignidade da mulher no combate à violência. A tucana é relatora do PL 6.622/13, que criminaliza todo tipo de violência psicológica contra a mulher. As propostas visam contribuir para redução dos índices de criminalidade.
Segundo o deputado Miguel Haddad (SP), as mulheres sofrem com a violência e com o machismo. “Está na hora de acabarmos com essa cultura de uma vez por todas. Essa é uma luta de todos nós que desejamos um mundo melhor e mais justo”, defende.
SAÚDE
Gerar dignidade à mulher também é garantir saúde pública de qualidade. O deputado Geraldo Resende (MS) tem essa preocupação em sua atuação parlamentar. Em Dourados (MS), município o qual representa, o parlamentar conseguiu recursos para investimento na construção da Clínica da Mulher e da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), além de dar apoio à Rede Feminina de Combate ao Câncer. Atualmente, o deputado luta pela construção do Centro Especializado em Diagnósticos e Centro de Especialidades Médicas e do Instituto da Mulher e da Criança (IMC).
“Sei que muito das lutas que as mulheres fizeram ao longo do tempo foram vitoriosas. Quero firmar mais uma vez o meu compromisso, pois meu mandato é uma extensão da luta das mulheres”, afirma o tucano.
REPRESENTATIVIDADE
A representatividade da mulher brasileira na política é uma das grandes bandeiras do partido. Atualmente, a Câmara dos Deputados é composta por 55 deputadas, o que representa 10,7% dos 513 eleitos. Seis destas parlamentares são tucanas: Bruna Furlan (SP), Geovania de Sá (SC), Mara Gabrilli (SP), Mariana Carvalho (RO), Yeda Crusius (RS), Shéridan (RR). Projetos que preveem o número mínimo de mulheres entre os parlamentares estão em fase de análise.
Com o PSDB-Mulher, o partido vem atuando em busca da efetividade e qualidade profisisonal da mulher na política. Em vista disto, estão sendo programados uma sequência de cursos de capacitação para as vereadoras e prefeitas eleitas em 2016. A proposta visa congregar as tucanas em seu primeiro ano de mantado. “Quando eu vejo o partido PSDB-Mulher preocupado com a qualidade da representação, eu estou respeitando o eleitor e a eleitora. Aqueles, na verdade, que estão indo às ruas em movimentos gigantescos pedindo apoio para obterem seus direitos”, afirma a deputada Yeda, fundadora e presidente de honra do PSDB Mulher Nacional.
FUNDO DE COMBATE À VIOLÊNCIA
Em mensagem divulgada nesta quarta, o presidente da República, Michel Temer, adiantou que o governo federal está preparando um fundo federal de combate à violência contra a mulher. O presidente citou a capitã da Força Aérea Brasileira (FAB) Carla Borges, piloto do avião presidencial, como exemplo do avanço do papel da mulher no mercado de trabalho.
Reportagem: Sabrina Freire