Tucano sugere adoção de medidas para incentivar projetos de pesquisa na graduação
A Comissão de Educação aprovou nesta quarta-feira (27) indicação (388/2017) do presidente do colegiado, deputado Caio Narcio (MG), em que sugere ao Poder Executivo a adoção de medidas para a valorização expressa no currículo dos cursos de graduação da atuação discente em projetos de pesquisa e de extensão relacionados à criação de inovação.
O deputado entende que o ambiente universitário brasileiro, mesmo congregando boa parte dos maiores pesquisadores e cientistas nacionais, ainda é pouco sensível às múltiplas aplicações da Lei de Inovação Tecnológica (Lei nº 10.973/2004), por exemplo, que dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo.
O tucano enfatiza que é importante continuar a criar mecanismo e medidas no sentido de fazer com que pesquisadores contribuam para a criação de soluções para enfrentar os desafios globais como acesso a água, a desigualdade social, manutenção dos biomas e biodiversidades, produção de alimentos, entre tantos outros.
Além disso, ele atenta para o fato de que as universidades também podem impulsionar o empreendedorismo.
Em 2016, a Fundação de Pesquisa do Estado de São Paulo apresentou um ranking de 42 universidades que estimulam a inovação e o empreendedorismo. Segundo Narcio, isso é um ótimo indicador, entretanto, há outras universidades que sequer costumam aparecer na lista.
Atualmente existem 197 universidades no Brasil, 166 centros universitários, 40 institutos federais e centros de educação tecnológica, que agregam cerca de 6 milhões de estudantes. Para o tucano, estes poderiam ser sensibilizados e incentivados a desenvolver, sob supervisão docente, milhares de projetos de pesquisa e extensão relevantes nas áreas das ciências e das tecnologias, voltados à produção de inovação.
No sentido de cooperar com o incentivo, as medidas indicadas ao Poder Executivo se tratam de fazer com que os cursos de graduação que mantêm programas e projetos de pesquisa e de extensão voltados à criação de inovação e que contam com a colaboração de estudantes, expressem a valorização destas atividades nos históricos escolares dos alunos.
A concessão de créditos deverá valer para a integralização curricular, estimular o engajamento discente e docente em tais atividades e o reconhecimento por meio de torneios acadêmicos, feiras e premiações periódicas.
“Acreditarmos que no avanço da inovação, no plano industrial e social, está a alternativa crucial para o desenvolvimento autóctone e sustentável de nosso País”, finaliza Caio Narcio.
Reportagem: Sabrina Freire