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Tucanos criticam nota do PT que exalta Venezuela como “exemplo de democracia”

  • sabrinafrehi
  • 17 de out. de 2017
  • 2 min de leitura

Deputados do PSDB reprovaram a declaração do Partido dos Trabalhadores que exalta a Venezuela como um “exemplo de democracia”. A afirmativa foi dada nessa segunda-feira (17) em nota assinada pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann, em que celebrou as eleições regionais do país, realizadas no domingo.


Segundo o deputado Eduardo Barbosa (MG), não se pode considerar democrático um país que usufrui de manipulação de informações e estratégias não convencionais para se manter no poder. Para ele, a declaração do partido só enfatiza o modelo petista de democracia, que “infelizmente é uma posição negativa para sociedade brasileira”.


“Na realidade o governo venezuelano é um poder totalitário com manipulação das pessoas. O governo Maduro se mantém no poder com domínio das forças armadas, do Poder Judiciário e das instituições, o que contrapõe o fator democrático. As instituições têm de ser independentes”, destaca o tucano.


As eleições regionais na Venezuela aconteceram após vários meses de manifestações contrárias ao governo de Nicolás Maduro, em que 125 pessoas foram mortas. O pleito contou com a participação de 61,14% do eleitorado venezuelano. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o chavismo venceu em 17 de 23 estados. A Mesa da Unidade Democrática (MUD), coalizão opositora e que acusa o órgão de atuar em favor do governo, não reconheceu os resultados, principalmente pelo fato das pesquisas eleitorais terem a apresentado como vencedora em até 18 estados.


“Este dia será lembrado como o dia de uma vitoriosa jornada de democracia, onde mais de 60% do eleitorado atendeu à convocação democrática e compareceu, de maneira cívica e pacífica, manifestando seu apoio à paz, à democracia e à soberania na Venezuela”, disse Gleisi Hoffmann.


Para o deputado Vanderlei Macris (SP), a declaração é absurda e apenas evidencia uma aliança antiga, de interesses do PT com Nicolás Maduro. Segundo ele, é uma questão ideológica petista, de apoio ao totalitarismo venezuelano, que não deve ser considerada.


“É uma declaração absurda, que não merece ser levada em conta porque todos nós sabemos as dificuldades pelas quais passa o povo venezuelano: sem alimentação, com desemprego, buscando países que fazem divisa com a Venezuela”, afirma, destacando que o Brasil é um dos destinos de fuga da população venezuelana.


Como membro da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, Macris afirma que não há sentido uma declaração dessas fazendo referência a um país com uma “economia absolutamente degradável” e que não garante direitos mínimos à população.


Por meio das redes sociais, os deputados Rogério Marinho (RN) e Daniel Coelho (PE) repudiaram a declaração destacando-a como um apoio à ditadura.

Reportagem: Sabrina Freire


 
 
 

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